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ESTUDOS DE FORMAÇÃO

Em preparação para o EJD Nordeste, pedimos aos Padres de nossa Congregação para elaborar materais de estudo e reflexão para serem debatidos nos grupos de jovens de nossas paróquias.

 

Inspirados no tema "Jovens Suavizando Cruzes" e no lema "Só com o amor se reparam as feridas do coração", os textos irão nos auxiliar no entendimento do carisma dehoniano, fundamentado na passagem bíblica de João 15,13. 

 

 

Os textos foram elaborados pelos padres: Pe. Luis Theuws,scj, Pe. Francisco Belarmino, scj e o Pe. Carlos Alberto da Costa, scj.

 

Que possamos fazer um bom proveito destes textos e vivenciar melhor o nosso EJD Nordeste.

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Neste primeiro texto, o Pe Francisco Belarmino, scj, faz uma reflexão do texto bíblico do Evangelho de João 15,13. Passagem bíblica escolhida como fundamentação do tema do EJD Nordeste.

 

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"Só com amor se reparam as feridas do coração"

Em breve iremos disponibilizar o segundo texto, escrito pelo Pe. Luis Theuws,scj. Um reflexão da frase de Padre Dehon, que é o lema do EJD Nordeste.

 

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Jovens Suzavizando Cruzes

O Pe. Carlos Alberto, scj. faz uma reflexão do tema do EJD Nordeste,

 

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“Jovens Suavizando Cruzes"

A cruz, aparece em nossa vida como dor, sofrimento, desprezo, discriminação, desemprego, depressão, etc. Tudo isso acontece na vida das pessoas, como consequência do pecado.de que nos fala a Bíblia. A humanidade pensava que podia viver sem Deus, prescindir de Deus, possuindo a sabedoria plena e conhecendo os segredos da vida (Gênesis 2,9: comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e da vida), pensava que podia chegar a Deus sem Deus (Gn 11 :Torre de Babel). Resultado a vida, sem Deus, ficou marcada pela dureza (Gn 3,19: o suor do rosto), pela dor no próprio ato maravilhoso de gerar a vida (Gn 3,16: Multiplicarei os sofrimentos de tua gravidez...), pela dominação do homem (uma classe) sobre a mulher (outra classe social), pela competição, antagonismo (Gn 4: Pastores contra agricultores), pelo extremo do antagonismo que é a violência que provoca morte (Gn 4: Abel e Caim); a violência chama violência num círculo sem fim (Gn 4,23: Lamec = matei um jovem por causa de um arranhão).

 

Essas primeiras páginas da Bíblia são a história da humanidade de ontem e de hoje. Como superar ou ao menos enfrentar essa situação. Há uma esperança? Os profetas dirão de sim. A partir da reflexão sobre o coração, para os antigos, centro das decisões e emoções humanas, os profetas vislumbram uma esperança, dom de Deus. Ele transformará nosso “coração de pedra em coração de carne” (Ezequiel 11,19), ainda fará mais, nos dará “um coração novo” (Ez 36,26). Nessa nova realidade humana haverá a possibilidade de novas atitudes e de novos comportamentos. Haverá as condições para as cruzes serem suavizadas.

 

Mas por que isso não acontece? A resposta é simples; a palavra dos profetas caiu no vazio. Aquele desejo de acumular bens a todo custo e de tê-los facilmente, sem levar em consideração que a terra é de todos, continua a alumbrar as pessoas (Capitalismo). O orgulho que nasce do saber e da ciência, onde a pessoa não precisa de Deus para resolver seus problemas, onde Deus não é uma resposta necessária, onde não existe a sabedoria como dom de Deus, mas apenas como fruto do pensar humano (Iluminismo, racionalismo). O considerar a vida, como uma contingência ou acaso da evolução e não como dom de Deus, leva a sua manipulação (Biogenética) e destruição (Aborto, pena de morte, eutanásia...). A exclusão de Deus do projeto humano, não humaniza a pessoa, mas a diminui e a leva ao caos.

 

As cruzes sempre teremos, pois o pecado, e suas consequências, sempre estará na história humana. Aonde ir? A quem buscar?

 

O cristianismo tem uma proposta. A pessoa de Jesus Cristo. Ele com sua palavra e seu poder aliviou e continua a aliviar a cruz de muitos. O básico é crer nele. Daí, virão as consequências: fazer como Jesus fazia e anunciar sua pessoa e o que ele fez.

 

Muita gente tem a tentação de agir isoladamente. No entanto, Deus nos criou para vivermos em família, em grupo e consequentemente, também agirmos como irmãos e irmãs criados à sua imagem e semelhança (Gn 1,26). Jesus, em sua vida terrena, reuniu ao seu redor um grupo de homens e mulheres a quem confiou a continuidade de sua missão. Esse grupo, que creu nele e o seguiu, é a comunidade dos discípulos, chamada IGREJA (Cf. Atos dos Apóstolos e Cartas Paulinas). Comunidade dos que creem em Cristo e na esperança e caridade constroem um mundo novo.

 

Nessa comunidade, e como parte constitutiva dela, os jovens podem encontrar a missão de “suavizar cruzes”. Ser instrumento para criar nas pessoas “corações novos” que com a ternura de Deus (Isaias 66,13: “vou darvos meu carinho”) alivia as cruzes da vida. Lembrando que em Jesus Cristo o peso da cruz se torna leve (Mateus 11,29). Quando Cristo subiu ao calvário, Simão de Cirene o ajudou a levar a cruz, hoje é Cristo que nos ajuda a levar a cruz. A cruz não deixará nossa vida, mas se tornará mais suave, por sabermos que ele a leva conosco. A certeza absoluta que temos: Deus nos ama em seu Filho Jesus (João 15,9) e suaviza a dureza do nosso dia a dia.

 

Ninguém leva a cruz um do outro, mas nos ajudamos a levá-la. Isso é amor.

 

Pe. Carlos Alberto da Costa da Silva, scj

 

Clique aqui para baixar o texto em pdf

 

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